NEGÓCIO

15 RESPOSTAS PARA VOCÊ FAZER UM BOM NEGÓCIO NA COMPRA DO CARRO

Nossa equipe foi atrás das dicas dos especialistas para mostrar para você como fazer o melhor negócio em tempos de crédito difícil e juros altos

por REDAÇÃO AUTOESPORTE

O noticiário está pessimista, o crédito está difícil e todo mundo fala em crise. Mas isso não quer dizer que você não possa fazer um bom negócio na compra de um carro. Conversamos com especialistas para montar um guia com as principais respostas para você aproveitar seu dinheiro.

1- Há algum nicho de mercado que esteja sendo menos atingido pela crise?

Não. Comparando os números de vendas do primeiro semestre de 2014 com o mesmo período de 2015, divulgados pela associação de revendedores Fenabrave, o que se percebe é que os modelos que tiveram crescimento no último ano não pertencem a um segmento específico; foram os que passaram por uma grande renovação, como Ford Ka, Toyota Corolla, Honda City e Fit, Nissan Sentra, completados com os novos Honda HR-V e Jeep Renegade. Além deles, o mercado de carros usados com até três anos de uso também cresceu 38,2% no período.

2- existe uma alternativa de compra mais segura no momento?

Diante do atual quadro da economia, alguns especialistas defendem que o mais certo na compra do carro é investir nos seminovos. “É mais seguro economicamente para o consumidor, pois ele compra um bom carro por bom preço. A diferença de valor para o mesmo modelo é grande, mas as qualidades não. O cliente pode também contar com a garantia de loja, isso se o carro ainda não estiver na garantia de fábrica”, diz Ilídio Gonçalves do Santos, presidente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto). Mauro Cogo, diretor comercial do Grupo Viamar, ressalta que, numa crise, o único favorecido é o consumidor, pois “é o momento onde não falta carro no estoque e são criadas várias promoções, como taxa zero, supervalorização do seminovo na troca e bônus de montadoras”.

3- Os carros usados estão valendo menos mesmo?

Não. Ao contrário do que se imagina o carro usado não se desvalorizou. Seu preço apenas se mantém estável, fazendo com que seja um ótimo negócio para quem quer trocar de carro. “No último ano, os preços dos usados se mantiveram estáveis e seu mercado está em franco crescimento”, diz Ilídio Gonçalves do Santos, presidente da Fenauto. Daniel Kelemen, diretor geral do Grupo Viamar, concorda: “Não consideramos que estão valendo menos. Veículos usados são excelente negócio, tanto para as concessionárias, pelo volume de venda, como para o cliente”.

4- O que os fabricantes estão oferecendo a mais?

Com vendas em baixa, taxa zero é quase condição básica. As principais marcas oferecem financiamentos sem juros, mas atente às condições. No geral, é preciso pagar 60% do valor como entrada. Em alguns casos, chega a 75%. As parcelas variam de 18 a 60 vezes. Maior o prazo, mais baratas são as parcelas. Negocie a menor entrada com o prazo ideal para fazer o valor caber no bolso. Algumas montadoras oferecem promoções para quem fizer test drive: há desde ingressos para eventos culturais até carros 0 km sendo sorteados.

5- Por que os preços dos carros sobem sem parar?

Para o professor de finanças da FGV, Fabio Gallo, os preços dos carros no Brasil não caem porque as montadoras se habituaram a ter resultados altos e exportar esses lucros. “Em 2008 e 2009, no auge da crise, as montadoras se mantiveram em grande parte pelos lucros do nosso mercado. Agora, relutam em reduzir os ganhos efetivos e baixar os preços, mas o mercado está em situação tão crítica que terão de realinhar preços para poder ter negócios lucrativos”, afirma.

6- As montadoras estão faturando menos com a crise?

Sim. Além dos custos altos com carga tributária, falta de infraestrutura e produtividade, elas estão vendendo consideravelmente menos. Em julho, o Brasil caiu uma posição global em vendas (para sétimo lugar), segundo divulgado pela consultoria Jato Dynamics. O levantamento aponta que foram emplacadas 204.976 unidades em maio, ante 277.927 do mesmo mês no ano passado. O recuo é de 26,2%.

7- As montadoras estão compensando a inflação ou os preços sobem acima da taxa?

As montadoras brasileiras estão praticando preços mais altos do que a taxa, a maior desde 2003. A inflação oficial, medida pelo IPCA, atingiu 8,89% no acumulado de 12 meses. Para se ter uma ideia, o modelo mais vendido da Chevrolet, o Onix, custava R$ 33.996 em junho de 2014. Doze meses depois, o carro 0 km custa R$ 40.590 – 19,3% a mais. O Palio Fire duas portas, carro mais barato do Brasil, custava há um ano R$ 24.490, agora é vendido por R$ 27.340 – aumento de 11,6%.

8- É o momento de investir em um importado?

Só opte por um modelo importado se os gastos extras couberem no seu orçamento. Não se preocupe apenas com o valor do carro – comparado a um modelo nacional, a manutenção e as revisões de um importado normalmente são bem mais caras. Mas caso você esteja disposto a desembolsar mais, prefira montadoras que revelem os gastos extras antes da compra, como, por exemplo, o programa de revisões declaradas da Mercedes-Benz.

9- Vale a pena comprar um carro que está próximo de mudar de geração?

Não vale a pena caso o cliente planeje vendê-lo dentro de um ano, por exemplo. Caso pense em trocar de carro dentro de três anos, pode ser uma boa compra. Para Paulo Roberto Garbossa, consultor da ADK Automotive, após esse período o mercado terá se reestabilizado e o veículo que mudou de geração terá passado por alguma mudança sutil. “Se a montadora ficar por dois anos sem mudar o carro, ela pode perder mercado. Quando você for vender o modelo que era uma geração anterior, ele terá caído na desvalorização normal de mercado”, diz o especialista.

10- Quais são os modelos que hoje representam “dinheiro na mão”?

Segundo Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto, atualmente os carros com maior giro são os modelos populares. “Com o aumento do preço dos modelos novos, os usados em bom estado com valores de até R$ 25 mil são os mais procurados e bem aceitos no mercado de seminovos.” Já os modelos mal conservados e com alto custo de manutenção são aqueles que sobram no pátio, e por isso são mais depreciados.

11- Por que é tão difícil encontrar um modelo básico que aparece na tabela, mas não na loja?

É muito frequente ver o anúncio de um carro 0 km por um preço e descobrir, já na concessionária, que o mesmo modelo com equipamentos que você considera básicos vai sair mais caro. Para Paulo Roberto Garbossa, consultor da ADK Automotive, trata-se de uma prática legítima das montadoras, que apenas ajustam seus programas de produção à demanda: “O mix de produção é montado de acordo com o que o mercado está consumindo. A marca faz um estoque para que o lojista tenha facilidade de vender. Você pode pedir um carro com outra configuração, mas vai demorar um pouco para recebê-lo”, explica o especialista. As marcas produzem carros menos equipados com preços chamativos, mas normalmente essas unidades são destinadas a atender encomendas de frotistas, ou para manter-se abaixo do teto de R$ 70 mil para isenção de impostos para portadores de deficiências. Então, se você ver aquele sedutor R$ 69.990, cuidado, pode ser apenas o canto da sereia.

12- o modelo básico funciona apenas como um chamariz para levar o cliente até a concessionária?

Para outros especialistas, a prática pode ser considerada abusiva. Produzir de acordo com a demanda faz parte das táticas do mercado, mas você deve poder comprar aquilo que é anunciado. “Essa é uma estratégia para atrair o consumidor para as lojas para vender as versões mais caras”, acredita Maria Inês Dolci, coordenadora institucional do Proteste. Esta visão é compartilhada pelos órgãos de defesa do consumidor. “Tudo o que é oferecido tem que estar disponível. Se ele procura um modelo básico, a loja tem que ter esse modelo. É uma infração ao Código de Defesa do Consumidor não ter o carro disponível”, afirma Andrea Arantes, assessora jurídica do Procon-SP. Portanto, fique de olho. Embora a tentação de ceder e levar um modelo mais completo seja algo comum nas lojas, há um limite.

13- Financiamento, consórcio, leasing ou poupar. Qual a melhor opção?

Guardar dinheiro é sempre a melhor opção. Quanto mais dinheiro o futuro proprietário conseguir juntar, mais vantajosa será a compra do carro. Caso você tenha dificuldade para juntar dinheiro e não tenha pressa para ter o veículo na garagem, a melhor opção é o consórcio. O financiamento e o leasing são um bom negócio para quem tem pressa e precisa logo do carro. O juro do leasing é menor do que o do financiamento, mas só escolha essa opção se você tiver certeza que não irá atrasar a parcela. “Leasing é interessante para quem tem certeza de que vai conseguir pagar. O modelo fica mais barato, pois fica no nome do banco, que tem mais garantias”, afirma o professor de finanças da FGV, Fabio Gallo.

14 – O que é considerado um carro seminovo?

Segundo a Fenabrave, os seminovos são divididos em: usados jovens (de quatro a oito anos de uso), usados maduros (de nove a 12 anos) e velhinhos (mais de 13 anos). Entre lojistas, existe um entendimento de que são bons negócios carros entre 30 e 40 mil km com garantia. “Você só vai pagar a transferência, enquanto o novo tem IPVA, licenciamento e outras cobranças”, afirma Francisco Satkunas, conselheiro da SAE. “Não é por acaso que, enquanto você tem uma retração de 25% no mercado de novos, o mercado de usados expande 4%”, relembra o engenheiro.

15- Devo levar em consideração a revenda de um carro pouco valorizado?

Se o carro escolhido couber no seu bolso sem aperto, a desvalorização se torna um aspecto menos relevante. No entanto, o alto índice de desvalorização pode ser o indicativo de um alto custo de manutenção, falta de peças e até dificuldades com a rede de concessionárias. O risco de demorar a revendê-lo também é alto.

 

 

Fonte: http://revistaautoesporte.globo.com/Servico/noticia/2015/08/15-respostas-para-voce-fazer-um-bom-negocio-na-compra-do-carro.html

 

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