Levantamento feito pela Associação dos Fabricantes de Equipamentos para Controle de Emissores Veiculares da América do Sul (Afeevas) mostra que, no Brasil, existe um déficit de 49% na utilização do sistema Arla 32, aditivo que diminui a emissão de poluentes em alguns veículos a diesel fabricados no país e melhora o desempenho do caminhão.
Item obrigatório nos modelos de caminhões equipados com a tecnologia SCR (catalisador de redução seletiva), desde 2012, o Arla 32, que tem como base água destilada e ureia, é um composto químico que é injetado no sistema de escapamento dos veículos pesados. Sua principal função é transformar os óxidos de nitrogênio em nitrogênio e água.
“O Arla 32 é um reagente que, ao ser injetado no escapamento do veículo diesel, reduz as emissões de NOX (oxido de nitrogênio). Assim, o veículo polui menos o meio ambiente e atende as leis de emissões de poluentes estabelecidas no Brasil, por meio do Proconve 7 (Programa de Controle da Poluição de Ar por Veículos Automotores), que entrou em vigor no Brasil, em 2012. É uma legislação similar a europeia Euro 5”, explicou Alisson Machado, supervisor técnico da Mundial Turbinas.
Segundo o especialista, como bom funcionamento do sistema Arla é essencial para o veículo pesado atender as normas ambientais vigentes, caso o sistema detecte uma falha em seu funcionamento, pode ocorrer um corte de até 60% do torque do veículo. “Essa baixa potência vai permanecer até o momento em que o problema for sanado”, afirmou Machado.
Utilizar o aditivo Arla 32 no caminhão é muito simples, já que existe um reservatório no veículo que precisa ser abastecido periodicamente. “No painel do caminho, há um marcador bem similar ao do combustível, que indica quando o reservatório tem que ser abastecido com o reagente Arla 32”, explicou o supervisor técnico.
Apesar de outras vantagens de se utilizar o Arla 32, como a melhora do desempenho do veículo, compensando a despesa com aditivo, muitos caminhoneiros ainda insistem em burlar a lei. “Esse sistema, muitas vezes, é deixado de lado pelos motoristas devido ao custo do Arla 32. Os caminhoneiros deixam de usá-lo com o intuito de reduzir o custo total do transporte. Porém, essa atitude pode provocar graves danos ao sistema do Arla 32”, afirmou Machado.
A manutenção, a higienização e a substituição do filtro do sistema Arla 32 devem ser feitas periodicamente, a cada 50 mil quilômetros rodados. Ao utilizar o filtro de boa qualidade, o caminhoneiro reduz a sobrecarga no sistema, evitando, assim, danos na bomba do Arla 32.
“Um Arla 32 de boa procedência traz melhor eficiência no sistema, podendo até reduzir o consumo do reagente Arla 32. Por isso, caso seja necessária uma manutenção antes da próxima revisão do sistema, a luz de anomalia (luz de injeção) vai indicar no painel do veículo a necessidade de uma manutenção. Na Mundial Turbinas, oferecemos o serviço de manutenção periódica e corretiva do sistema Arla 32”, finalizou Machado.
Por Lisley Alvarenga