Por Lisley Alvarenga, jornalista
Qual o motorista de caminhão que nunca, ao acordar cedo para ir trabalhar, não foi surpreendido com o pneu do veículo murcho? Ou qual o caminhoneiro que não teve o transtorno de ter que trocar o pneu do caminhão que furou depois de o veículo passar horas ou dias viajando pelas estradas?
A gente sabe que as condições das rodovias por todo o país são péssimas e que situações como essa são difíceis de evitar. Mas, para ajudar você a se precaver de algumas situações desagradáveis e até com risco de acidentes, elencamos algumas orientações sobre pneus que todo o motorista deve saber. As dicas foram desenvolvidas pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP). Confira!
Manutenção mecânica
Se não estiverem em conformidade, diversos componentes mecânicos do veículo, como amortecedores, molas, freios, rolamentos, eixos e rodas, podem interferir na durabilidade dos pneus. Por isso, é essencial que você faça a manutenção periódica do veículo.
Balanceamento das rodas
Caso não estejam balanceadas de forma correta, as rodas podem causar perda de tração, de estabilidade e desgastes acentuados em componentes mecânicos do veículo que, consequentemente, prejudicam os pneus. O balanceamento das rodas deve ser feito sempre que surgirem vibrações, na troca ou no conserto do pneu, ou a cada 10 mil quilômetros rodados.
Alinhamento da direção
Desvios mecânicos provocam desgastes prematuros nos pneus e desalinhamento da direção, deixando o veículo instável e inseguro. A orientação é fazer o alinhamento sempre quando ocorrer algum impacto na suspensão, na troca de pneus ou quando eles apresentarem desgastes irregulares. Esse tipo de manutenção também é indicado quando houver substituição de componentes da suspensão, quando o veículo estiver puxando para um lado, ou a cada 10 mil quilômetros rodados.
Calibração dos pneus
O descuido com a calibragem dos pneus ocasiona sérias consequências para a sua durabilidade. No caso da baixa pressão do pneu, o veículo pode ter problemas, como aceleração do desgaste geral do pneu, pois ele acaba trabalhando mais quente; aumento do desgaste nos ombros, já que há um apoio maior sobre essa área; maior consumo de combustível, por causa da maior resistência ao rolamento; perda de estabilidade em curvas, pois há alteração da área de contato com o solo; direção pesada e perda da capacidade de manejo pela maior resistência ao dirigir; além de desgaste prematuro dos terminais de direção, uma vez que sua exigência é maior.
Já quando há excesso de pressão nos pneus, o veículo pode ter outros tipos de problemas, como desgaste mais acentuado no centro da rodagem, por causa do apoio maior sobre essa área; e perda de estabilidade em curvas, pois há menor área de contato com o solo.
Rodízio dos pneus
O rodízio serve para compensar a diferença de desgaste dos pneus, permitindo mais durabilidade e eficiência. Essa manutenção preventiva proporciona também melhor estabilidade na direção, especialmente em curvas e freadas.
Prazo de validade x garantia
Dicas-para-evitar-o-desgaste-dos-pneusAo contrário do que muitas pessoas pensam os pneus não têm prazo de validade. Existe, sim, a garantia contratual oferecida pelos fabricantes. Ela é normalmente de cinco anos, a partir da data de compra do pneu ou do veículo novo.
Se não houver comprovante de compra, a data que pode ser considerada é a de sua fabricação, que são os quatro últimos algarismos encontrados na lateral do pneu, logo depois do código DOT.
O motorista também deve ficar atento ao limite de segurança de 1,6 mm de profundidade indicado nos sulcos do pneu. Essa marcação é uma saliência de borracha e, quando atingida, indica que o pneu chegou ao seu limite e deve ser trocado.