Entenda como funciona a medida do motor em cavalos de potência

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A relação entre o homem e o cavalo é tão antiga quanto o desenvolvimento dos povos, a criação de impérios e as grandes guerras. Na verdade, nenhum desses eventos teria acontecido se há 5.500 anos, no norte do Cazaquistão, os primeiros seres humanos não tivessem conseguido domesticar o Equus Ferus. Mas afinal de contas, por que medir a potência dos motores em cavalos? Qual é essa relação?

Parceria histórica

O cavalo, e também outros equinos, estão presentes em diversos momentos da história. Desde chegada ao oriente, passando pelas guerras medievais e exploração da América Latina, o cavalo sempre foi o aliado perfeito, seja para guerra ou trabalhos que exigiam força, como tração de moinhos e carregamento de cargas. A utilização cada vez mais constante dos cavalos para mão de obra nas fazendas e posteriormente nos centros urbanos fez com que o esforço destes animais se tornasse algo reconhecido e respeitado, símbolo de força maior que a do homem.

Com o desenvolvimento industrial, surgiram os motores a vapor, uma invenção criada pelo escocês James Watt no século 18, e os cavalos foram vendo seus postos de trabalho serem substituídos por máquinas. Em um mundo onde ainda não existiam muitas medidas padronizadas, James Watt (que depois foi homenageado ao ter seu sobrenome eternizado como unidade de potência) vendia sua máquina a vapor e fazia a comparação do desempenho do motor com a força dos cavalos, em poucas palavras, ele oferecia aos clientes uma máquina capaz de realizar o trabalho que exigia a força de alguns cavalos. Esta medida, que hoje pode parecer obsoleta, ainda é muito comum no universo automotivo. Veja agora como é medido o “cavalo de potência” e como ele foi criada na Primeira Revolução Industrial.

O cálculo

Em sua primeira tentativa de emplacar a máquina a vapor no mercado, Watt alegava ter feito um motor que economizava 75% a mais que os primeiros modelos. Como estratégia de marketing, ele pedia como pagamento um terço do valor que seria economizado com sua máquina, porém, essa tática só dava certo com quem já tinha adquirido uma das rudimentares máquinas iniciais.

Como eram poucos aqueles que tiveram tal privilégio, o jeito foi comparar a economia da máquina em relação aos cavalos de tração. Watt precisaria criar uma nova unidade de medida para explicar as vantagens de seu invento e por isso criou o Horsepower, ou força de cavalo. Com este número, o escocês poderia apresentar quantos cavalos seriam necessários para conseguir a mesma potência que o motor. O cálculo era feito a partir de uma pergunta: um cavalo consegue carregar um balde cheio de carvão durante quanto tempo e percorrer qual distância? Utilizando massa, distância e tempo, Watt observou que os cavalos utilizados nas minas de carvão da Inglaterra demoravam um minuto para levar um balde com 150 quilos de carvão a uma distância de 30 metros (100 pés). Diante dessas informações criou-se o cavalo de potência.

Adoção na indústria automotiva

Com a adoção do Horsepower como unidade de medida, e posterior adoção do Watt como unidade de potência do Sistema Internacional de Medidas (fruto da contribuição de Watt para a Engenharia Mecânica), os HPs se transformaram em uma forma de medir o desempenho dos motores, através de uma conta um pouco diferente, que envolve o torque multiplicado pelo giro do motor e dividido por 5252. Um cavalo de potência equivale a 735,5 Watts.

Os cavalos têm uma longa e duradoura relação com a humanidade, e também com os carros! Não é só nos HPs do motor que é possível ver referências ao animal na indústria automotiva, modelos como Corcel, Mustang, Charger e Maverick são têm seus nomes inspirados nos equinos, além dos famosos símbolos da Scuderia Ferrari e da Porsche.

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