Com o constante avanço da tecnologia aos poucos o setor de transporte rodoviário vai se transformando. Vamos ver algumas mudanças que são esperadas para facilitar a vida do caminhoneiro.
Caminhão autônomo
Hoje em dia já existem caminhões menos poluentes, com sensor de estacionamento, câmeras, GPS, funções como leitura da topografia da estrada, frenagem e câmbio automático.
O próximo passo é que esses veículos se tornem autônomos. Com essa novidade as empresas de transporte poderão reduzir custos e reconfigurar o trabalho dos caminhoneiros, tornando-os mais especializados.
A redução de custos com o caminhão autônomo é alcançada pela precisão da condução computadorizada, que levará em conta dados sobre desgaste de peças, consumo de combustível e impacto ambiental durante os percursos. Detalhes aerodinâmicos do design do Mercedes-Benz FT também reduzem o consumo de diesel em até 4,5%.
Além disso, espera-se diminuir os acidentes nas estradas poupando o caminhoneiro do grande desgaste que o leva muitas vezes a não dormir bem ou até mesmo a passar noites em claro tendo, assim, o seu desempenho no volante seriamente comprometido por isso.
O caminhão autônomo da Mercedes-Benz
Nesse campo, uma das novidades que mais tem gerado especulações e expectativas é o Mercedes-Benz Future Truck. Embora a empresa tenha declarado que a estimativa para o lançamento de seu caminhão autônomo é para 2025, os testes com o protótipo já impressionam.
O Mercedes-Benz FT tem mecânica muito semelhante ao gigante Mercedes Actros 1845, com 449 cv de potência e 224,3 kgfm de torque e transmissão automática de 12 marchas. Além disso, ele possui tecnologia Cruise control, ou controle de cruzeiro, que permite manter o veículo estável na velocidade estipulada pelo sistema.
O alerta de frenagem e o alerta de mudança de faixa presentes no caminhão autônomo da Mercedes-Benz são tecnologias que já estão em uso em carros na Europa e Estados Unidos. No entanto, no caminhão do futuro, eles conversam entre si e trocam dados, comunicando-se com o computador central.
Dessa maneira, esses recursos tornarão a direção autônoma nas estradas uma das formas mais seguras de transporte. A tendência é que essa tecnologia também seja usada no transporte público urbano. Como consequência, espera-se obter no futuro um trânsito mais seguro e organizado, tanto nas estradas e rodovias quanto no perímetro urbano.
É também com esse objetivo que o protótipo do Mercedes-Benz FT faz uso das mais avançadas tecnologias automotiva e de AI (Artificial Intelligence). As câmeras laterais do caminhão capturam o movimento do meio-fio e o usa como parâmetro para guiar com precisão as curvas a serem feitas.
Outras lentes instaladas nos retrovisores do gigante filmam as imagens que são projetadas em uma tela instalada na cabine ou no tablet removível que também integra o painel do Mercedes-Benz FT.
Outro detalhe a ser observado é a eficiência milimétrica do seu sistema de frenagem. Guiado por radares instalados nos para-choques, o sistema de freios do caminhão impressiona ao captar os mínimos indícios de obstáculos na pista, acionando a frenagem no ponto e na proporção exatas para que ela aconteça com total segurança.
Isso é possível graças ao longo alcance de seus radares (que captam tudo em um raio de 250 metros. Há também uma câmera estéreo para monitorar a faixa de rodagem.
Esse dispositivo consegue capturar imagens a 100 metros do caminhão. Testes realizados com o protótipo mostram a extrema precisão com que o caminhão pode realizar as curvas nas condições ideais.
No entanto, é preciso mencionar que o sucesso do projeto Mercedes-Benz FT depende da demarcação correta das faixas, de boa sinalização na estrada que o oriente, pois esses dados é que alimentam o computador na pilotagem automática do caminhão.
Por isso, a previsão de lançamento também está restrita aos EUA e à Europa, que possuem estradas mais bem pavimentadas.
O caminhoneiro como gestor de transporte
Essa nova tecnologia não irá tomar o lugar do caminhoneiro, ao contrário, o caminhão autônomo tem o potencial de tornar a sua viagem muito mais segura.
Além disso, Mercedes-Benz FT só será homologado para trafegar nas rodovias, sendo o trajeto pelas cidades feito pelo motorista. Ademais, o caminhão autônomo não sai da garagem sozinho, a função do condutor ainda se preserva.
Na verdade, trata-se mais de um recurso avançado de piloto automático que poderá ser acionado pelo motorista nas estradas. Entretanto, a existência de caminhões autônomos não deixará de modificar profundamente a profissão de caminhoneiro, pelo menos da maneira que a conhecemos hoje em dia.
Liberado dos volantes nas estradas, ele assumirá um papel menos operacional e mais estratégico, desempenhando funções como analista de logística ou gestor de transportes.
Trabalhando para a empresa contratante ou para a sua própria, o futuro gestor de transportes também terá que se atualizar para realizar bem o trabalho de representação comercial nas entregas. Afinal, ele será o elo principal de contato entre a empresa e o cliente.
Com informações do portal Proteautobrasil