Saiba como as peças do carro funcionam e evite prejuízos

Algumas peças do carro possuem características que, muitas vezes, passam despercebidas. Entender como elas funcionam ajuda a prolongar a sua vida útil, porque é possível fazer a manutenção preventiva. Também dá para ajudar no diagnóstico de problemas e, assim, evitar prejuízos. Veja a seguir detalhes do itens:

Tampa do reservatório de água

Além da função de cobrir o reservatório de água, ela é também uma válvula de alívio que libera o vapor d’água quando a pressão no sistema de arrefecimento do motor aumenta muito. Ela faz a mesma função da válvula de uma panela de pressão, evitando que o sistema exploda caso ocorra um superaquecimento.

 

Por isso, muitas vezes o nível de água abaixa e você não detecta vazamento na garagem. Um problema na ventoinha ou na válvula termostática pode gerar o superaquecimento do motor, fazendo com que a água acabe saindo pela tampa do reservatório na forma de vapor. Em alguns casos, o problema do sumiço da água pode ser causado pela própria tampa, cuja válvula não mantém o sistema pressurizado, liberando vapor continuamente.

 

Caso seu mecânico não encontre o vazamento externo, solicite que ele teste a tampa antes de qualquer outro reparo. É uma forma de agilizar o diagnóstico e evitar gastos desnecessários.

 

Reservatório do óleo de freio

É outro item que possui uma característica curiosa. Sua composição química é chamada de higroscópica, um “palavrão” que quer dizer que ele absorve facilmente a água do ambiente, por isso o seu nível é identificado através de um reservatório transparente, justamente para que você não abra a tampa.

 

Quando este óleo perde a validade, a água absorvida pode ferver dentro da tubulação de freio, principalmente na região extremamente quente, próxima das pastilhas e dos discos, gerando as indesejadas bolhas de ar e tornando o freio “borrachudo” e menos eficiente.

 

Vale a dica: se o nível do óleo abaixar, leve o veículo imediatamente ao mecânico para checar a possibilidade de vazamentos ou mesmo um possível desgaste acentuado das pastilhas.

 

Aproveite para verificar a validade do óleo. Geralmente, ele dura por dois anos ou 20 mil km, porém, algumas montadoras reduzem este prazo. Consulte o manual do proprietário, nele estarão descritos os prazos de troca, bem como a especificação técnica do óleo utilizado no seu carro.

 

Imobilizador

A chave de seu carro possui um dispositivo eletrônico chamado de chip (transponder ou resistor de alta precisão, destacado em vermelho na foto) que tem por objetivo evitar que outra chave, com mesmo serrilhado, consiga dar a partida no motor do seu carro.

 

Em volta do miolo de contato (onde você coloca a chave para dar a partida; veja abaixo) existe uma peça chamada imobilizador, que tem por objetivo fazer a leitura do chip que está dentro de sua chave, fechando um pequeno circuito que liberará o sistema de ignição e permitindo que o motor funcione.

 

Por isso, muito cuidado para não deixar a chave cair no chão ou mesmo ter o contato com água. Isso poderá danificar o chip e impedir o funcionamento do motor.

 

Caso ocorra um acidente e você não consiga fazer seu carro funcionar, existem chaveiros especializados que poderão reparar a sua chave. Eles precisarão da chave reserva ou de um código específico que acompanha o veículo (code).

 

Este dispositivo foi criado pelas montadoras para evitar o roubo de veículos, porém, antes que você pergunte, quando os ladrões querem roubar determinado carro, eles trazem outra chave, outro imobilizador e outro módulo, pré-programados, que substituem as três peças e, assim, acabam conseguindo fazer o motor funcionar.

 

Catalisador

O catalisador está localizado após o coletor de escape e tem por objetivo transformar os gases nocivos através de uma reação química. Dentro do catalisador existe uma colmeia de cerâmica com centenas de pequenos dutos.

 

Este formato visa aumentar a área de contato dos gases de escape com as paredes da cerâmica, aumentando a eficiência do processo. Ocorre que, durante a passagem dos gases, a reação química libera muito calor (reação exotérmica), e isto faz com que a temperatura dentro do catalizador passe dos 500 graus.

 

Sabendo disso, você tem que tomar cuidado com a regulagem de motor, em especial com as velas, pois, se estas não estiverem funcionando adequadamente, o combustível que não for queimado na câmera de combustão será queimado na entrada do catalisador, provocando o derretimento da cerâmica.

 

É importante saber que os catalizadores possuem o certificado do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e custam entre R$ 800 e R$ 6 mil, dependendo do veículo.

 

Na maioria dos carros, as velas devem ser substituídas a cada 20 mil km. Confirme esta informação no manual do proprietário e garanta o bom funcionamento do motor. Seu catalisador agradece.

 

 

fonte: http://g1.globo.com

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